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Semae investe mais R$ 1,4 milhão no combate às perdas de água

Dando continuidade ao plano de combate às perdas d´água na cidade, o prefeito Gabriel Ferrato junto com o presidente do Semae, Vlamir Schiavuzzo anunciaram ontem, dia 10, em coletiva de imprensa os novos investimentos. Está em processo de aquisição de veículos e equipamentos para ampliar o número de equipes que atuam nas regionais de Santa Teresinha, Paulicéia e Centro. Com esse investimento e três equipes adicionais, uma em cada regional, o Semae espera que os serviços extensão e de reparos das redes de água sejam melhorados e as demandas da população atendidas mais rapidamente. Reparos mais rápidos reduzirão as perdas de água. Essa é uma resposta imediata da autarquia, discutida com o prefeito Gabriel Ferrato, diante do aumento do número de vazamentos de rede que têm sido observados recentemente na cidade. “Piracicaba está na contramão do país, aqui não tem corte, temos investimentos”, ressaltou Ferrato

O investimento previsto é de R$ 1,4 milhão para a aquisição de três caminhões, nove cortadores a disco, nove motobombas e três compactadores. Segundo o presidente do Semae, Vlamir Schiavuzzo, “essas novas máquinas e equipamentos viabilizam a realização dos serviços de manutenção, extensão da rede de água e novas ligações, além de diminuir consideravelmente as paradas não programadas do abastecimento, que prejudicam o consumidor, com isso teremos diminuição da água desperdiçada”, explicou Schiavuzzo.

Essa e outras ações estão previstas no diagnóstico realizado na revisão do Plano Diretor de Combate às Perdas, elaborado em 2013/2014, que tem como finalidade reduzir as perdas de água do sistema. Em sua primeira etapa, já está em andamento o processo licitatório de obras para atender a região do bairro Boa Esperança, que atualmente apresenta o maior índice de vazamentos de rede da cidade. Com investimentos em torno de R$ 800 mil, será realizada uma ampla varredura da rede, reparo de vazamentos e instalação de válvulas e sensores de pressão controlados por telemetria.

O Plano de Combate às Perdas é muito mais amplo e se estima a necessidade de um investimento em torno de R$ 24 milhões. Com todo ele executado, as perdas cairiam dos atuais 45% para 25% ou menos, o que representa um ganho substancial, pois seriam reduzidas tanto as necessidades de captação quanto as despesas com tratamento de água. Na sequência, outras etapas e outros projetos poderiam ser elaborados e implementados para reduzir ainda mais as perdas.

Como o Semae não dispõe dos recursos imediatos para o total de investimentos previstos – caso contrário, teria que aumentar muito a tarifa de água e esgoto – uma das alternativas foi buscar recursos de outras fontes, R$ 12 milhões no total. Para isso, elaborou dois projetos no valor de R$ 6 milhões cada e os apresentou ao Fundo Estadual de Recursos Hídricos – FEHIDRO, com o compromisso de arcar com 23% do valor em termos de contrapartida. Os projetos devem abranger as regiões de Santa Teresinha e Paulicéia, que atualmente apresentam o maior número de vazamentos e, portanto, de perdas de água na rede.

Essas regiões apresentam períodos de falta de água em alguns pontos, principalmente nos dias mais quentes e secos, embora as simulações mostrem que as redes existentes têm condições de suprir a demanda. A conclusão é que com nova setorização e controle da pressão na rede, além da redução das perdas, haverá a normalização do abastecimento sem a necessidade de ampliação do sistema”, afirma o presidente do Semae. De acordo com o engenheiro do Semae, Hugo Piffer Leme, “a revisão do Plano Diretor de Combate às Perdas atualizou as informações sobre as perdas no sistema de distribuição de água da cidade e sugere ações urgentes para a redução dessas perdas, consideradas elevadas, em especial atuando nas regiões consideradas mais críticas, como é o caso do subsistema Santa Teresinha-Balbo-Boa Esperança”.

De acordo com o prefeito Gabriel Ferrato, “esses dois projetos, quando executados, resultarão, de imediato, numa diminuição significativa das perdas de água, principalmente com a redução do número de vazamentos que será obtida por meio do controle de pressão na rede. Com isso, haverá menos gastos com a manutenção de rede, reparos de pavimentos (buracos no asfalto), veículos utilizados e horas trabalhadas de funcionários, além, evidentemente, na melhoria no abastecimento para a população. Também haverá uma redução na necessidade de captação e de tratamento de água, diminuindo os custos para o Semae. Obviamente, dependemos, ainda, da aprovação do financiamento para esses projetos para poder licitá-los e executá-los”.

 

11/03/15 14h13 - DEBORA TEIXEIRA OLIVEIRA