No Dia Mundial da Água, celebrado anualmente em 22 de março, o objetivo é chamar a atenção para a importância da água doce e defender o manejo sustentável dos recursos hídricos. A data foi criada em 1992 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e é destinada à discussão sobre os diversos temas relacionadas a este importante bem natural. Conforme informações divulgadas pela ONU, na Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável), em 2012, o mundo alcançou o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM), cuja meta era reduzir pela metade a proporção de pessoas sem acesso a água potável. Embora 89% da população mundial utilizem fontes tratadas, 783 milhões de pessoas ainda estão distantes dessa condição, com variações dramáticas por região. E 2,5 bilhões não têm acesso a saneamento básico. O Programa Conjunto OMS/UNICEF divulgou o relatório intitulado "Progressos sobre Água Potável e Saneamento – Enfoque Especial no Saneamento", constatando que no final de 2010, 89% da população mundial, ou 6,1 bilhões de pessoas, utilizaram fontes de água potável. O resultado representa um por cento a mais do que a meta do ODM, de 88%. O relatório estima que, até 2015, 92% da população global terá acesso ao recurso adequado para o consumo. Ainda conforme o relatório, melhorias reais no acesso à água potável ocorreram em muitos países do sul da África. Sete dos 10 países que realizaram progressos mais rápidos e estão a caminho de cumprir o ODM relativo à água potável, estão na África meridional, ao sul do Saara (Burquina Fasso, Namíbia, Gana, Malaui, Uganda, Mali, Djibuti). Dos 10 países que ainda não estão a caminho de cumprir a meta do saneamento, mas estão fazendo progressos rápidos, cinco também situam-se na África meridional, ao sul do Saara (Benin, Camarões, Comoros, Mali e Zâmbia). O Brasil tenta se posicionar melhor no ranking global com o Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), que tem como objetivo “universalizar o acesso aos serviços de saneamento básico como um direito social até 2030, contemplando os componentes de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem das águas da chuva”. Com investimento previsto na casa dos R$420 bilhões, as metas previstas são a instalação de unidades hidrossanitárias em todo o território nacional até 2030; abastecimento de água potável nas áreas urbana e rural das Regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, e a erradicação dos lixões até 2014. No prazo estimado, propõe-se abastecimento de água potável em 98% do território nacional, 88% dos esgotos tratados e 100% dos resíduos sólidos coletados. O Instituto de Pesquisa Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou no final de 2012 uma pesquisa que traça um perfil dos municípios brasileiros, o Munic, e comprovou que Piracicaba está entre os 28,2% das cidades do país que possuem Politica Municipal de Saneamento Básico, como prevê a Lei Federal 11.445/2007. Os dados de Piracicaba mostram que podemos universalizar o saneamento em breve. O acesso de água tratada na cidade está em 99,8%, segundo o IBGE (dados de 2010). Esta realidade foi possível com a política de investimento adotada na administração do prefeito Barjas Negri, continuada pelo prefeito Gabriel Ferrato. Nesses últimos anos o Serviço Municipal de Água e Esgoto (SEMAE) construiu mais de 170km de extensão de redes de água tratada, muitas em áreas rurais. Exemplo disso, a autarquia acaba de licitar mais 8km de extensão da rede para atender ao bairro rural Água Bonita, beneficiando mais de 30 famílias. Segundo o IBGE, Piracicaba atingiu 99,2 do esgoto coletado. Para tratar esse esgoto foram construídas as ETEs do Tupi (2005), Santa Rosa e Capim Fino (2011) e Ponte do Caixão (2012), chegando a 70 do tratamento do esgoto. A meta é atingir 100% nos próximos 10 meses, aí sim podemos afirmar que Piracicaba é um município 300%: 100% de acesso a água tratada, 100% de esgoto coletado e 100% do esgoto coletado e tratado.
