A Prefeitura de Piracicaba, o Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae) e a Secretaria Municipal de Obras (Semob) - com o apoio da Agência de Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) e Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) - promoveram no último dia 27 de julho, o primeiro Seminário sobre o Rio Piracicaba, no auditório do Museu da Água. O evento teve as presenças do prefeito Barjas Negri, que também preside a Agência de Bacias PCJ, do presidente do Semae, Vlamir Schiavuzzo, dos secretários municipais, Rogério Vidal e Arthur Ribeiro Neto, de Defesa do Meio Ambiente (Sedema) e Semob, respectivamente, além de representantes da Defesa Civil, de bairros, organizações e entidades civis.
Nesse primeiro de três seminários a serem realizados ainda neste ano, atuaram como palestrantes, Adriana Vahteric Isenburg (Agência PCJ), Aline Frederice e Luiz Roberto Moretti (DAEE), Hudson Souza Silva e Cassiano Ricardo Gomes Peres (CPFL) e Nilzo René Fumes (Sabesp). "Convidamos técnicos para participarem do debate e mostrar ações previstas em toda bacia, aperfeiçoar o atendimento à população, caso ocorra no futuro, eventos como as fortes chuvas do início deste ano", destacou o prefeito Barjas Negri.
O Seminário sobre o Rio Piracicaba, ressaltou o presidente do Semae, tem caráter preventivo às enchentes e por isso conta com a participação de moradores de bairros situados próximos ao rio Piracicaba. "Esses moradores foram atingidos pelas enchentes e juntos vamos encontrar mecanismos para reduzir as conseqüências desses acontecimentos. Através dos seminários, estamos transmitindo as informações para toda a sociedade", explicou Schiavuzzo.
Para enfrentar a intensidade das chuvas de verão que provocam enchentes e alagamentos, o município aprimora cada vez mais a atuação da Defesa Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Guarda Civil, visando a atender melhor as populações vizinhas ao Piracicaba. A prevenção começou bem antes da chegada do verão de 2012, com elaboração de relatórios que devem ajudar nas ações. "Desde a série histórica criada em 1930, o dia 06 de janeiro de 2011 foi o mais chuvoso, sendo que a vazão do Piracicaba atingiu o nível máximo de 1.2004,53 metros cúbicos por segundo", quantificou o engenheiro do DAEE, Luiz Roberto Moretti.
Segundo Adriana Isenburg, engenheira da Agência de Bacias PCJ, até 2020 estão previstos investimentos de R$ 4,5 bilhões, ao longo de toda a Bacia PCJ. "Desse total, 10% serão voltados para o que especialistas denominam como eventos extremos", enfatizou.
BACIAS PCJ - As bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) caracterizam-se pela integração de 76 municípios com 5,3 milhões de habitantes. Essa bacia tem 15.303 quilômetros quadrados, sendo 92,6% no Estado de São Paulo e 7,4% em Minas Gerais. A bacia PCJ divide-se nas seguintes sub-bacias dos rios: Corumbataí; Piracicaba; Jaguari; Camanducaia; Capivari; Atibaia e Jundiaí.
Os municípios integrantes da sub-bacia do rio Piracicaba são: Águas de São Pedro, Americana, Campinas, Charqueada, Hortolândia, Santa Maria da Serra, Limeira, Monte Mor, Nova Odessa, Paulínia, Piracicaba, Rio das Pedras, Saltinho, Santa Bárbara D'Oeste, São Pedro, Sumaré.